Dia de tranquilidade e oração nos cemitérios de Santa Maria

Dia de saudade, palavra que  significa gratidão, amor eterno, resignação e reflexão. É assim que a aposentada Adelina de Fátima Denardin, 60 anos, define o Dia de Finados. Junto das irmãs, cunhados e sobrinhos, a aposentada reservou o domingo para homenagear os pais, sepultados no Cemitério Santa Rita de Cássia.

_ O momento também é de reflexão sobre a vida e a morte, algo pelo qual todos nós passaremos, de uma certa culpa e de amor eterno. As flores que trazemos não são para eles, mas para aliviarmos nossa condição _ completa Adelina.

No Cemitério Ecumênico Municipal, o túmulo de Bernardo Boldrini, morto em abril deste ano, chamava a atenção dos visitantes. A avó do menino, Jussara Uglioni, recebia a todo momento gestos de solidariedade e oração mesmo que de pessoas desconhecidas.

_ Só o que peço é Justiça _ dizia a idosa a cada abraço que recebia.

Velas e flores também chegavam a todo momento no túmulo de Mariazinha Penna, falecida em 1953, aos 19 anos, em decorrência de um câncer no fêmur. Fiéis de toda região afirmam que tiveram suas graças alcançadas pela santa popular e ano a ano agradecem Mariazinha em orações.

:: Caderno Bem Viver: Internet tem modificado maneiras de lidar com a morte

:: Leia todas notícias do Diário de Santa Maria

Centenas de pessoas também visitavam entes queridos em um dia que colaborou com temperaturas amenas e trânsito tranquilo. Na Faixa velha de Camobi, o fluxo de veículos segue normal. No entorno do Cemitério Ecumênico Municipal, três agentes da Gerência Municipal de Trânsito auxiliam os motoristas e sinalizam as ruas. Um dos lados da Avenida Dois de Novembro foi bloqueado entre a Avenida Liberdade e a Rua Samuel Kruchin para que os vendedores de flores e arranjos instalassem duas bancas.